sábado, 3 de novembro de 2012

Diferentes formas de registrar os cálculos e técnicas operatórias


Podemos usufruir de jogos para desenvolver o raciocínio lógico-matemático do individuo.
Segundo Kamii, é preciso estimular a criança, para que ela se expresse de que forma deseja jogar.
O calculo mental é um exercício para o cérebro, quanto mais nós o usamos, mais o exercitamos é um processo de desenvolvimento.

Por exemplo, em uma partida de dominó é preciso pensar rápido na contagem das pedras.

Dominó dos números
É importante que as crianças consigam associar a quantidade de objetos ao número que representa esta quantidade (símbolo).
Para esta atividade, você precisará confeccionar o molde do dominó que segue abaixo:
Você pode pedir para as crianças colorirem as peças!
Primeiramente, mostre para os alunos algumas associações, como por exemplo, a peça com o número dois associada a peça com dois objetos. Diga para os alunos se dividirem em grupos de quatro crianças.
Os alunos deverão virar as peças do dominó para baixo e as embaralhar. O primeiro jogador deverá virar uma peça e colocá-la sobre a mesa. Em seguida, o mesmo jogador deverá tentar encontrar uma peça, entre as outras peças viradas para baixo, a qual ele possa associar (se a primeira peça tem uma figura com cinco elementos e o número um, o aluno só poderá associar esta peça a uma peça que contenha uma figura com um elemento ou a uma peça que contenha um número cinco). Se conseguir encontrar a peça correspondente, o jogador deverá colocar a segunda peça ao lado da primeira, respeitando associação. Se não conseguir, o jogador deverá devolver a peça ao monte de peças viradas. Acertando ou não, o jogador deverá passar a vez para o colega tentar a associação.
OBS: as crianças só poderão fazer associações entre figura e número como no exemplo abaixo:


 



Para Kamii, o professor deve ensinar o aluno a pensar e a ter autonomia em sua construção na estrutura mental dos números e em todas as situações problemas, para a criança não há diferença entre o jogo e trabalho, por isso trabalha-se de forma a unir as duas junções, para que as crianças trabalhem em grupo, e construam sua forma de raciocínio nas operações.

Para Piaget, o jogo faz parte da assimilação, que gera um sentimento de prazer à criança nos jogos e brincadeiras, proporcionando domínio ou prazer sobre as ações exercidas através do lúdico, a criança aprende brincando.

Exercícios de Cálculo Mental









Cálculo mental para construção do conceito de número

Segundo Kamii, uma criança ativa e curiosa não aprende Matemática memorizando, repetindo e exercitando, mas resolvendo situações-problema, enfrentando obstáculos cognitivos e utilizando os conhecimentos que sejam frutos de sua inserção familiar e social. Ao mesmo tempo, os avanços conquistados pela didática da Matemática nos permitem afirmar que é com o uso do número, da análise e da reflexão sobre o sistema de numeração que os pequenos constroem conhecimentos a esse respeito. 

O professor deve levar em conta ao propor atividades numéricas: encorajar as crianças a colocar objetos em relação, pensar sobre os números e interagir com seus colegas. 
Só terá sentido se as crianças puderem ver em ordem prática, as questões vistas em matemática. Senão, fica algo muito distante, abstrato e elas não se apropriam de tais conhecimentos. Não basta decorar que 9x8 é igual a 72, mas entender o que essa operação significa. 

Kamii, em "A criança e o número"  diz : 
 "Quando ensinamos número e aritmética como se nós, adultos, fôssemos a única fonte válida de retroalimentação, sem querer ensinamos também que a verdade só pode sair de nós. Então a criança aprende a ler no rosto do professor sinais de aprovação ou desaprovação. Tal instrução reforça a heteronomia da criança e resulta numa aprendizagem que se conforma com a autoridade do adulto. Não é dessa forma que as crianças desenvolverão o conhecimento do número, a autonomia, ou a confiança em sua habilidade matemática. (...) Embora a fonte defi nitiva de retroalimentação esteja dentro da criança, o desacordo com outras crianças pode estimulá-la a reexaminar suas próprias idéias. Quando a criança discute que 2 + 4 = 5, por exemplo, ela tem a oportunidade de pensar sobre a correção de seu próprio pensamento se quiser convencer a alguém mais. É por isso que a confrontação social entre colegas é indispensável (...)"  


A construção do número implica fundamentalmente nas experiências de relações que os alunos realizam dentro e fora do âmbito escolar. A criança utiliza a Matemática desde um (01) ano de idade e vai crescendo usando-a informalmente; por exemplo: mostrando com gesto sua idade, usando os números do telefone, contando seus brinquedos, comprando coisas no comércio, ao falar seu número de sapato. E usa sem saber que se trata da Matemática.  



Estimular a criança a toda forma de pensar seja talvez o primeiro passo para a busca por uma educação democrática e que traga ao aluno uma autonomia para suas ações, em todos os sentidos, sobretudo em sua forma de pensar e agir. 


O conhecimento lógico-matemático desenvolve-se através das abstrações reflexivas que ocorre como resultado da coordenação das ações mentais do sujeito sobre o objeto estabelecendo relações.




domingo, 14 de outubro de 2012

Aplicando...

As atividades contidas neste post foram aplicadas a uma criança de 10 anos, cursando o 4.o ano do Ensino Fundamental.

 Podemos perceber, que há certa dificuldade na resolução das atividades acima. Diante dessa dificuldade, reformulamos as atividades - a seguir. 


Percebemos que a maneira como foi estruturada a questão influenciou na compreensão e resolução da atividade. 
A criança tinha os conceitos de fração introjetados, porém, o modo como foi exposta a atividade fez com que, no primeiro momento houvesse dificuldade de resolução. 
O que influenciou, em nosso ponto de vista, foi a interpretação de texto, e o modo como esta aluna aprende na escola. As informações têm de vir prontas para que ela somente resolva. Não há estimulação da parte lógica, somente da parte matemática. 
Nosso objetivo inicial era verificar a efetiva aprendizagem lógico-matemática, porém, vimos que somente a última vem sendo trabalhada. A lógica está intimamente ligada à interpretação de texto - que também está prejudicada pelo que pudemos perceber. 
Faz-se necessário estimular nossas crianças o quanto antes, para que possam se desenvolver com plenitude nos aspectos supra citados. 



Matemática no dia a dia...

Listamos algumas situações cotidianas em que utilizamos a matemática... 


- Cálculo de área: para colocação de pisos 
- Cálculo de tempo: previsão de chegada, a partir de certa velocidade/distância 
- Cálculo de conta de consumo: conta de água, luz, telefone... 
- Cálculo de crédito disponível em celular
- Cálculo de juros/multas - quando do pagamento em atraso de contas de consumo 
- Cálculo de calorias/nutrientes ingeridos
- Exames médicos: laudos médicos com contagens de nutrientes/hormônios/etc
- Receitas em geral: cálculos de proporção de alimentos, tempo de preparo, etc.
- Controle bancário
- Cálculo de troco em geral

- Apuração da soma dos votos ao término das eleições
- Soma das horas de estágio/trabalho- Cálculos de atrasos e horas extras
- Cálculo da porcentagem que ganhamos ao revender revistas,etc
- Calculo de quantos alunos tem por sala para distribuição da merenda escolar
- Contagem do numero de xerox que a coordenação deve tirar por sala de aula


Além disso, listamos algumas profissões que tem por base a matemática:

Contabilistas ajudar as empresas, trabalhando em seus impostos e planejamento para os próximos anos. Eles trabalham com códigos fiscais e formas, usar fórmulas para medir o interesse, e gastar uma quantia considerável de papelada energia organizadora.


Agricultores determinar as quantidades adequadas de fertilizantes, pesticidas e água para produzir alimentos abundantes. Eles devem estar familiarizados com os problemas de mistura.
Arquitetos edifícios de design para a integridade estrutural e beleza. Eles devem saber como calcular cargas para encontrar materiais aceitáveis ​​em design.
Biólogos natureza estudo para agir de acordo com ele, uma vez que estão tão intimamente ligada à natureza. Eles usam proporções para contar animais, bem como estatísticas de uso / probabilidade.
Químicos encontrar maneiras de usar produtos químicos para ajudar-nos o que implica a purificação da água, que trata da gestão de resíduos, pesquisando supercondutores, analisando cenas de crimes, tornando os produtos alimentares.   
Programadores de computador conjuntos complicados de instruções chamados programas / software para nos ajudar a utilizar computadores para resolver problemas. Eles devem ter habilidades lógicas fortes.
Engenheiros (Química, Civil, Elétrica, Materiais, Industrial) construir produtos / estruturas / sistemas como automóveis, edifícios, computadores, máquinas e aviões, para citar apenas alguns exemplos. Eles não podem escapar do uso freqüente de cálculo! 
Geólogos usam modelos matemáticos para encontrar petróleo e os terremotos de estudo.
Advogados argumentam casos, utilizando linhas complicadas de razão. Essa habilidade é alimentada por cursos de matemática de alto nível. O também gastar muito tempo pesquisando casos. 
Gerentes de manter horários, regular o desempenho do trabalhador, e analisar a produtividade.
Médicos devem entender os sistemas dinâmicos do corpo humano. Eles pesquisam doenças, cuidadosamente administrar as quantidades adequadas de medicina, ler gráficos / tabelas, e organizar a sua carga de trabalho.
Meteorologistas prever o tempo para agricultores, pilotos, veranistas, e aqueles que são marinha dependente.
Militares realizar uma variedade de tarefas que vão desde manutenção de aeronaves para seguir os procedimentos detalhados.
Enfermeiros realizar as instruções detalhadas que os médicos lhes dão. Eles ajustam as taxas de gotejamento intravenoso de sinais vitais. 
Técnicos de reparação e manutenção dos aparelhos técnicos que dependem de como computadores, TV, vídeo, carros, geladeiras,... Eles estão sempre lendo dispositivos de medição, referindo-se aos manuais, e diagnóstico de problemas no sistema.
Comerciantes (carpinteiros, eletricistas, mecânicos e encanadores) estimar os custos de trabalho e usar suas habilidades matemáticas técnicas específicas para seu campo. Eles lidam com encostas, áreas, volumes, distâncias e devem ter uma excelente base em matemática.

domingo, 23 de setembro de 2012

Atividades com Ábaco


SUGESTÃO DE ATIVIDADE DE MATEMÁTICA

ATIVIDADE COM O ÁBACO

O ábaco tem como objetivo facilitar a compreensão dos sistemas de numeração decimal e operações de adição e subtração.
A seguir algumas atividades com o ábaco de pinos (foto ao lado).


1- Realize no ábaco o que é pedido descrevendo cada procedimento realizado.

a) 100. Retire uma unidade. Quanto ficou?

b) 240. Retire uma unidade. Quanto ficou?

c) 99. Acrescente uma unidade. O que aconteceu?

d) 190. Acrescente uma dezena. E agora o que aconteceu?

e) 999. Acrescente uma unidade. Qual o total? O que foi preciso fazer?


2- O estado do Rio de Janeiro já contabilizou 56 882 casos suspeitos de dengue, com 39 mortes registradas. Os dados constam de relatório da Secretaria de Saúde, divulgado esta semana, sobre as ocorrências da doença entre 2 de janeiro e 16 de abril. 
Fonte: www.band.com.br, em 21/04/2011

Represente no ábaco a quantidade de casos de dengue contabilizados no estado do Rio de Janeiro e em seguida sobre ele faça o que se pede.

a) Decomponha-o.

____ centenas + ____ dezenas + _____ unidades

____ x 100 + ____x 10 + ___ x 1


b) Responda:

- Quantas unidades ele tem?

- Quantas dezenas?

- Quantas centenas?

- E quantas unidades de milhar?

- Há quantas dezenas de milhar?

3- “Nunca 10”

Objetivos: 
- Construir o significado de Sistema de Numeração Decimal explorando situações-problema que envolvam contagem;

- Compreender e fazer uso do valor posicional dos algarismos, no Sistema de Numeração Decimal.

Material: 

Ábaco de pinos – 1 por aluno

2 dados por grupo

Metodologia: 
Os alunos divididos em grupos deverão cada um na sua vez, pegar os dois dados e jogá-los, conferindo o valor obtido. Este valor deverá ser representado no ábaco. Para representá-lo deverão ser colocadas argolas correspondentes ao valor obtido no primeiro pino da direita para a esquerda (que representa as unidades). Após todos os alunos terem jogado os dados uma vez, deverão jogar os dados novamente, cada um na sua vez.

Quando forem acumuladas 10 argolas (pontos) no pino da unidade, o jogador deve retirar estas 10 argolas e trocá-las por 1 argola que será colocada no pino seguinte, representando 10 unidades ou 1 dezena. Nas rodadas seguintes, os jogadores continuam marcando os pontos, colocando argolas no primeiro pino da esquerda para a direita (casa das unidades), até que sejam acumuladas 10 argolas que devem ser trocadas por uma argola que será colocada no pino imediatamente posterior, o pino das dezenas.

Vencerá quem colocar a primeira peça no terceiro pino, que representa as centenas.

O ábaco de pinos pode ser construído com diferentes materiais como: caixa de ovos, sabão em pedra ou isopor (servindo de base para as ordens e classes), palito para churrasco (para indicar cada ordem), macarrão de furinho, argolas ou borrachinhas para cabelo (representando a unidade).

Ábaco - Construção, Utilização e Tipos



Construção e utilização do ábaco
 


Cada bastão contém bolas móveis, que podem ser movidas para cima e para baixo. Assim, de acordo com o número de bolas na posição inferior, temos um valor representado. Pode haver variações, como na figura ao lado, onde se fazem divisões na moldura e o número de bolas é alterado. Observe que na figura temos o número 6302715408 (por exemplo 8=5+3, com a parte superior representando múltiplos de 5, neste caso 0, 5 e 10).
Estrutura com hastes metálicas divididas em duas partes, das quais uma tem duas contas e a outra, cinco contas, que deslizam nessas hastes. Os ábacos orientais dispõem de varas verticais divididas em dois, com as contas sobre a barra tendo o valor cinco vezes superior aos das contas abaixo. O suanpan chinês dispõe de duas contas acima da barra ou divisor e cinco abaixo. O moderno soroban japonês por outro lado, tem uma conta acima e quatro abaixo do divisor.
Algumas hastes podem ser reservadas pelo operador para armazenar resultados intermediários. Desta forma, poucas guias são necessárias, já que o ábaco é usado mais como um reforço de memória enquanto o usuário faz as contas de cabeça.
Exemplo de cálculo
O cálculo começa à esquerda, ou na coluna mais alta envolvida em seu cálculo, e trabalha da esquerda para a direita. Assim, se tiver 548 e desejar somar 637, primeiro colocará 548 na calculadora. Daí, adiciona 6 ao 5. Segue a regra ou padrão 6 = 10 - 4 por remover o 5 na vara das centenas e adicionar 1 na mesma vara (-5 + 1 = -4) daí, adicione uma das contas de milhares à vara à esquerda. Daí, passa a somar o três ao quatro, o sete ao oito, e no ábaco aparecerá a resposta: 1.185.
Devido a operar assim, da esquerda para a direita, pode começar seu cálculo assim que saiba o primeiro dígito. Na aritmética mental ou escrita, calcula a partir das unidades ou do lado direito do problema.
História

O ábaco é um antigo instrumento de cálculo, que segundo muitos historiadores foi inventado na Mesopotâmia, pelo menos em sua forma primitiva e depois os chineses e romanos o aperfeiçoaram.
Daí, uma variedade de ábacos foram desenvolvidos; o mais popular utiliza uma combinação de dois números-base (2 e 5) para representar números decimais. Mas os mais antigos ábacos usados primeiro na Mesopotâmia e depois na Grécia e no Egipto por escrivães usavam números sexagesimais representados por factores de 5, 2, 3 e 2 por cada dígito.
A palavra ábaco originou-se do Latim abacus, e esta veio do grego abakos. Esta era um derivado da forma genitiva abax (lit. tábua de cálculos). Porque abax tinha também o sentido de tábua polvilhada com terra ou pó, utilizada para fazer figuras geométricas, alguns linguistas especulam que tenha vindo de uma língua semítica (o púnico abakareia, ou o hebreu ābāq (pronunciado a-vak),areia).


Ábaco mesopotâmico
O primeiro ábaco foi quase de certeza construído numa pedra lisa coberta por areia ou pó. Palavras e letras eram desenhadas na areia; números eram eventualmente adicionados[3] e bolas de pedra eram utilizadas para ajuda nos cálculos. Os babilóniosutilizavam este ábaco em 2700–2300 a.C..[4] A origem do ábaco de contar com bastões [1] é obscuro, mas a Índia, aMesopotâmia ou o Egito são vistos como prováveis pontos de origem.[5] A China desempenhou um papel importante no desenvolvimento do ábaco.
Ábaco babilónio
Os babilónios podem ter utilizado o ábaco para operações de adição e subtracção. No entanto, este dispositivo primitivo provou ser difícil para a utilização em cálculos mais complexos.[6] Algumas pessoas conhecem um caracter do alfabeto cuneiforme babilónio que pode ter sido derivado de uma representação do ábaco.[7] Por isso esse ábaco é muito importante.
Ábaco egípcio
O uso do ábaco no antigo Egito é mencionado pelo historiador grego Crabertotous, que escreve sobre a maneira do uso de discos (ábacos) pelos egípcios, que era oposta na direção quando comparada com o método grego. Arqueologistas encontraram discos antigos de vários tamanhos que se pensam terem sido usados como material de cálculo. No entanto, pinturas de parede não foram descobertas, espalhando algumas dúvidas sobre a intenção de uso deste instrumento.[8]
Ábaco grego
Uma tábua encontrada na ilha grega de Salamina em 1846 data de 300 a.C., fazendo deste o mais velho ábaco descoberto até agora. É um ábaco de mármore de 149 cm de comprimento, 75 cm de largura e de 4,5 cm de espessura, no qual existem 5 grupos de marcações. No centro da tábua existe um conjunto de 5 linhas paralelas igualmente divididas por uma linha vertical, tampada por um semicírculo na intersecção da linha horizontal mais ao canto e a linha vertical única. Debaixo destas linhas, existe um espaço largo com uma rachadura horizontal a dividi-los. Abaixo desta rachadura, existe outro grupo de onze linhas paralelas, divididas em duas secções por uma linha perpendicular a elas, mas com o semicírculo no topo da intersecção; a terceira, sexta e nona linhas estão marcadas com uma cruz onde se intersectam com a linha vertical.
Ábaco romano

Ábaco romano reconstruído.
O método normal de cálculo na Roma antiga, assim como na Grécia antiga, era mover bolas de contagem numa tábua própria para o efeito. As bolas de contagem originais denominavam-se calculi. Mais tarde, e na Europa medieval, os jetons começaram a ser manufacturados. Linhas marcadas indicavam unidades, meias dezenas, dezenas, etc., como na numeração romana. O sistema decontagem contrária continuou até à queda de Roma, assim como na Idade Média e até ao século XIX, embora já com uma utilização mais limitada.[9]
Em adição às mais utilizadas bolas de contagem frouxas, vários espécimens de um ábaco romano foram encontrados, mostrados aqui em reconstrução. Tem oito longos sulcos contendo até 5 bolas em cada e 8 sulcos menores tendo tanto uma como nenhuma bola.
Nos sulcos menores, o sulco marcado I marca unidades, o X dezenas e assim sucessivamente até aos milhões. As bolas nos sulcos menores marcam os cincos - cinco unidades, cinco dezenas, etc. - essencialmente baseado na numeração romana. As duas últimas colunas de sulcos serviam para marcar as subdivisões da unidade monetária. Temos de ter em conta que a unidade monetária se subdividia em 12 partes, o que implica que o sulco longo marcado com o sinal 0(representando os múltiplos da onça ou duodécimos da unidade monetária) comporte um máximo de 5 botões, valendo cada uma 1 onça, e que o botão superior valha 6 onças. Os sulcos mais pequenos à direita são fracções da onça romana sendo respectivamente, de cima para baixo, ½ onça, ¼ onça e ⅓ onça.
Ábaco indiano
Fontes do século I, como a Abhidharmakosa, descrevem a sabedoria e o uso do ábaco na Índia.[10] Por volta do século V, escrivães indianos estavam já à procura de gravar os resultados do Ábaco.[11] Textos hindus usavam o termo shunya (zero) para indicar a coluna vazia no ábaco.[12]
Ábaco chinês

Suanpan (o número representado na figura é 6.302.715.408).
A menção mais antiga a um suanpan (ábaco chinês) é encontrada num livro do século I da Dinastia Han Oriental, o Notas Suplementares na Arte das Figuras escrito por Xu Yue.[13] No entanto, o aspecto exato deste suanpan é desconhecido.
Habitualmente, um suanpan tem cerca de 20 cm de altura e vem em variadas larguras, dependendo do fabricante. Tem habitualmente mais de sete hastes. Existem duas bolas em cada haste na parte de cima e cinco na parte de baixo, para números decimais e hexadecimais. Ábacos mais modernos tem uma bola na parte de cima e quatro na parte de baixo. As bolas são habitualmente redondas e feitas em madeira. As bolas são contadas por serem movidas para cima ou para baixo. Se as mover para o alto, conta-lhes o valor; se não, não lhes conta o valor. O suanpan pode voltar à posição inicial instantaneamente por um pequeno agitar ao longo do eixo horizontal para afastar todas as peças do centro.
Os suanpans podem ser utilizados para outras funções que não contar. Ao contrário do simples ábaco utilizado nas escolas, muitas técnicas eficientes para o suanpan foram feitas para calcular operações que utilizam a multiplicação, a divisão, a adição, a subtração, a raiz quadrada e a raiz cúbica a uma alta velocidade.
No famoso quadro Cenas à Beira-mar no Festival de Qingming pintado por Zhang Zeduan (1085-1145) durante a Dinastia Song (960-1297), um suanpan é claramente visto ao lado de um livro de encargos e de prescrições do doutor na secretária de um apotecário.
A similaridade do ábaco romano com o suanpan sugere que um pode ter inspirado o outro, pois existem evidências de relações comerciais entre o Império Romano e a China. No entanto, nenhuma ligação directa é passível de ser demonstrada, e a similaridade dos ábacos pode bem ser concidência, ambos derivando da contagem de cinco dedos por mão. Onde o modelo romano tem 4 mais 1 bolas por espaço decimal, o suanpan padrão tem 5 mais 2, podendo ser utilizado com números hexadecimais, ao contrário do romano. Em vez de funcionar em cordas como os modelos chinês e japonês, o ábaco romano funciona em sulcos, provavelmente fazendo os cálculos mais difíceis.
Outra fonte provável do suanpan são as pirâmides numéricas chinesas, que operavam com o sistema decimal mas não incluiam o conceito de zero. O zero foi provavelmente introduzido aos chineses na Dinastia Tang (618-907), quando as viagens no Oceano Índico e no Médio Oriente teriam dado contacto directo com a Índia e o Islão, permitindo-lhes saber o conceito de zero e do ponto decimal de mercantes e matemáticos indianos e islâmicos.
suanpan migrou da China para a Coreia em cerca do ano 1400. Os coreanos chamam-lhe jupan (주판), supan (수판) or jusan (주산).[14]
Ábaco japonês

Soroban japonês.
Um soroban (算盤, そろばん, lit. tábua de contar) é uma versão modificada pelos japoneses do suanpan. É planeado do suanpan, importado para o Japão antes do século XVI.[15] No entanto, a idade de transmissão exacta e o meio são incertos porque não existem registos específicos.[16][17] Como osuanpan, o soroban ainda hoje é utilizado no Japão, apesar da proliferação das calculadoras de bolso, mais baratas.
A Coreia tem também o seu próprio, o supan (수판), que é basicamente o soroban antes de tomar a sua actul forma nos anos 30. O soroban moderno também tem este nome.[18]

Ábacos dos nativos americanos

Representação de um quipu Inca.
Algumas fontes mencionam o uso de um ábaco chamado nepohualtzintzin na antiga cultura azteca. Este ábaco mesoamericano utiliza um sistema de base 20 com 5 dígitos.
quipu dos Incas era um sistema de cordas atadas usado para gravar dados numéricos, como varas de registo avançadas - mas não eram usadas para fazer cálculos. Os cálculos eram feitos utilizando uma yupana (quechua para tábua de contar), que estava ainda em uso depois da conquista do Peru. O princípio de trabalho de uma yupana é desconhecido, mas, em 2001, uma explicação para a base matemática deste instrumento foi proposta. Por comparação à forma de várias yupanas, os investigadores descobriram que os cálculos eram baseados na sequência Fibonnaci, utilizando 1,1,2,3,5 e múltiplos de 10, 20 e 40 para os diferentes campos do instrumento. Utilizar a sequência Fibonnaci manteria o número de bolas num campo no mínimo.
Ábaco russo


O ábaco russo, o schoty (счёты), normalmente tem apenas um lado comprido, com 10 bolas em cada fio (excepto um que tem 4 bolas, para fracções de quartos de rublo). Este costuma estar do lado do utilizador. (Modelos mais velhos têm outra corda com 4 bolas, para quartos de kopeks, que eram emitidos até 1916. O ábaco russo é habitualmente utilizado na vertical, com os fios da esquerda para a direita ao modo do livro. As bolas são normalmente curvadas para se moverem para o outro lado no centro, em ordem para manter as bolas em cada um dos lados. É clarificado quando as bolas se devem mover para a direita. Durante a manipulação, as bolas são movidas para a direita. Para mais fácil visualização, as duas bolas do meio de cada corda (a 5ª e a 6ª; no caso da corda excepção, a 3ª e a 4ª) costumam estar com cores diferentes das outras oito. Como tal, a bola mais à esquerda da corda dos milhares (e dos milhões, se existir) costuma também estar pintada de maneira diferente.
O ábaco russo estava em uso em todas as lojas e mercados de toda a antiga União Soviética, e o uso do ábaco era ensinado em todas as escolas até aos anos 90. Hoje é visto como algo arcaico e foi substituído pela calculadora. Na escola, o uso da calculadora é ensinado desde os anos 90.
Ábaco escolar

Ábaco escolar utilizado numa escola primária dinamarquesa, do século XX.



Ábaco escolar utilizado numa escola primária dinamarquesa, do século XX.
Em todo o mundo, os ábacos têm sido utilizados na educação infantil e na educação básica como uma ajuda ao ensino do sistema numérico e da aritmética. Nos países ocidentais, uma tábua com bolas similar ao ábaco russo mas com fios mais direitos e um plano vertical tem sido comum (ver imagem).
O tipo de ábaco aqui mostrado é vulgarmente utilizado para representar números sem o uso do lugar da ordem dos números. Cada bola e cada fio tem exatamente o mesmo valor e, utilizado desta maneira, pode ser utilizado para representar números acima de 100.
A vantagem educacional mais significante em utilizar um ábaco, ao invés de bolas ou outro material de contagem, quando se pratica a contagem ou a adição simples, é que isso dá aos estudantes uma ideia dos grupos de 10 que são a base do nosso sistema numérico. Mesmo que os adultos tomem esta base de 10 como garantida, é na realidade difícil de aprender. Muitas crianças de 6 anos conseguem contar até 100 de seguida com somente uma pequena consciência dos padrões envolvidos.
Usos pelos deficientes visuais
Um ábaco adaptado, inventado por Helen Keller e chamado de Cranmer, é ainda utilizado por deficientes visuais. Um pedaço de fabrico suave ou borracha é colocado detrás das bolas para não moverem inadvertidamente. Isto mantém as bolas no sítio quando os utilizadores as sentem ou manipulam. Elas utilizam um ábaco para fazer as funções matemáticas multiplicação, divisão, adição, subtracção, raíz quadrada e raíz cúbica.
Embora alunos deficientes visuais tenham beneficiado de calculadoras falantes, o uso do ábaco é ainda ensinado a estes alunos em idades mais novas, tanto em escolas públicas como em escolas privadas de ensino especial. O ábaco ensina competências matemáticas que nunca poderão ser substituídas por uma calculadora falante e é uma ferramenta de ensino importante para estudantes deficientes visuais. Os estudantes deficientes visuais também completam trabalhos de matemática utilizando um escritor de Braille e de código Nemeth (uma espécie de código Braille para a matemática), mas as multiplicações largas e as divisões podem ser longas e difíceis. O ábaco dá a estudantes deficientes visuais e visualmente limitados uma ferramenta para resolver problemas matemáticos que iguala a velocidade dos seus colegas sem problemas visuais utilizando papel e lápis. Muitas pessoas acham esta uma máquina útil durante a sua vida.
Curiosidades
Foi mostrado que alunos chineses conseguem fazer contas complexas com um ábaco, mais rapidamente do que um ocidental equipado com uma moderna calculadora eletrônica. Embora a calculadora apresente a resposta quase instantaneamente, os alunos conseguem terminar o cálculo antes mesmo de seu competidor acabar de digitar os algarismos no teclado da calculadora.[19]




Ábaco - Como funciona


O ÁBACO


Há vários tipos diferentes de ábacos, mas todos obedecem basicamente aos mesmos princípios. Vamos nos referir ao mais simples deles. Numa moldura de madeira são fixados alguns fios de arame. Dez bolinhas correm em cada fio. As do 1º fio representam as unidades; as do 2º fio representam as dezenas; as do 3º fio, as centenas e assim por diante.


Vamos nos imaginar contando as crianças que entram na escola, passando uma a uma pelo portão. Inicialmente todas as bolinhas devem estar do lado esquerdo do ábaco.
1. Para cada criança que passa, deslocamos uma bolinha do 1º fio para a direita.


2. Quando as dez bolinhas do 1º fio estão à direita, deslocamos uma bolinha do 2º fio para a direita e voltamos com as dez bolinhas do 1º fio para a esquerda.


3. Assim, prosseguimos a contagem.


4. Quando as dez bolinhas do 2º fio estiverem à direita, deslocaremos uma bolinha do 3º fio para a direita e as bolinhas do 2º fio voltarão para a esquerda.


Suponhamos que, ao terminar a contagem, esta seja a disposição das bolinhas no ábaco:


Podemos registrá-la deste modo:

centenasdezenasunidades
365

O número total de alunos é:

3 bolinhas que valem 100 cada uma+6 bolinas que valem 10 cada uma+5 bolinhas que valem 1 cada uma
ou seja:
3 x 100+6 x 10+5 x 1=365
300+60+5=365

domingo, 16 de setembro de 2012

Atividade para 4.o. Ano


Segue algumas atividades para 4.o ano do ensino fundamental: 

1)      Arme e efetue:

A)     219 ÷ 2 =
B)      325 ÷ 3 =
C)      15 x 63 =
D)     14 x 30 =
E)      26 x 55 =
F)      24 x 34 =
G)     17 x 58 =
H)     13 x 44 =
I)        25 x 36 =
J)       19 x 62 =
K)      357 - 92 =
L)       548 -76 =
M)   619 -85 =
N)     463 – 16 =

2)      Resolva os problemas
A)     Um feirante tem 45 goiabas e 28 pinhas, já vendeu 34 frutas. Quantas frutas ele ainda tem para vender?
B)      Quantos bombons poderei distribuir igualmente em 5 caixas se tenho 95 bombons?

3)      Siga os comandos

NÚMERO

DOBRO
TRIPLO
QUÁDRUPLO




24
48
144
576
16



9



32



15



21



10



12



18



7